Dileção de Verbo-Objeto Consumitivo no Aumentativo
(Betinho PQD)
Agora que te
enxergo verdadeira
Matreira
Senhora dos
domínios da vontade
Que invade
A parte da metade
Inteira
Não berço da
razão mas da verdade
Não dona do
poder mas da verdade verdadeira
Agora
Te vejo
Verdade
Dadeira.
Não é mais meu
domínio tua sorte, tua meta
Não mais
A coisa que
interpreta
Seleta
Deleta minha parte
dessa sorte sorrateira
Deleta
Agora que não
vejo nada além do que não tenho
Empenho
Agora minha
sorte está conecta
E a sanha da
razão quer me tirar da tua meta
Completa
Inteira.
São essas
dilações que realmente me interessam
E expressam
A dor e a
alegria de sentir que existe a sorte
A morte
A morte da
razão em salvação da sanidade
Verdade
ponderante agonizante da verdade
Metade
A sorte
Aquilo que se
tenho para ti já não importe
Um corte
Que mata
Sem sorte.
Não livra em
ser divina se te deixa na vontade
Vontade...
Transmuta em
ódio ou ira, que te pega, que te cata
Que empata
Que morde,
pega e cata
A verdade só
te arranha, é a mentira que te mata.
Ingrata.
O acorde da
razão no coração encontra a cura
Loucura
E agora?
Aflora tua dor
e o pensador que te tortura
Implora.
Embora a
piedade queira ser mais do que a ira
Delira
Tortura
E chora
Maltrata quem
namora
Desmata com
doçura
Exalta quem
deflora
E pede
Excede toda
malha da razão e da vontade
Ternura
A terna
sensação de não querer querendo tudo
O escudo da
razão não racional, o seu escudo
Transmuta a
sacanagem na dor pura
E o pouco
coração já sem vontade
É mudo
Não vê, não
ouve, e já não sente
Demente
E traz sobre a
razão do penitente
Loucura
Presente
Por que não traz
a morte ao indigente?
Por que não
traz a dor ao fundamento?
Mas não, não
existe fundamento
Isento.
Não há por que
negar este presente da paúra
Loucura que te
mata o fundamento
É esta a razão
por que se funda o pensamento
Lisura
Tormento
Loucura que alivia
o teu lamento
A doce
condição do sofrimento
A doce
condição que sangra e mata
E empata
A cura que uns
encontram na usura
A cura que
alguns temem por ingrata
Loucura.
Agora não
veremos o porquê
Por quê?
Porque não há
remédio pra razão ou pra pirraça
Que faça
Curar este
delírio sem remédio, sem porquê
Desgraça
Mas vê
Contrário da
razão da sugestão felicidade
Vontade
Aborto da
cadência, aborto vivo da verdade
Razão da pura racionalidade
Por quê?
**** ****
Ela
(Betinho PQD)
(Betinho PQD)
Fica te olhando nos olhos
Fica
Pede te olhando nos olhos
Pede
Promete com os olhos
Promete
Beija te olhando nos olhos
Beija
Ama te olhando nos olhos
Ama
Depois
Nega te olhando nos olhos
Nega
Nega te olhando nos olhos
Nega
Mente te olhando nos olhos
Mente
Machuca sem te olhar nos olhos
Fere sem te olhar nos olhos
Te sangra, sem te olhar nos olhos
Te mata...
Por muito tempo
Aí
Vem
Te olhando nos olhos
Pede
Te olhando nos olhos
Fala
Te olhando nos olhos
Promete
Te olhando nos olhos
E então
Machuca
Fere
Mata
Sem te olhar nos olhos.
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